O prejuízo é estimado em R$ 4
milhões. Durante o mês de junho, mortandade elevada de peixes aconteceu outras
vezes no reservatório
Criadores de Nova
Jaguaribara encontraram
cerca de 700 toneladas de peixes mortos na manhã desta sexta-feira, 26, no açude
Castanhão. As espécies eram criadas em gaiolas e pertenciam ao
assentamento Curupati-Peixe, que possui 41 famílias. O prejuízo é estimado em R$
4 milhões.
Técnicos e gestores estão reunidos no Palácio da Abolição, na avenida Barão de Studart, para dialogar sobre a situação. O prefeito de Nova Jaguaribara, Francini Guedes, e o coordenador de Pesca e Psicultura do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Pedro Eymar Campos, participam da conversa.
A população está atribuindo a mortandade dos peixes ao quadro de estiagem prolongada e ao bombeamento de água do açude para o Rio Jaguaribe - que teria sido feita de forma brusca, movendo os recursos hídricos e levando a água mais densa para a superfície. O açude Castanhão, um dos principais reservatórios do Ceará, tem 19,61% do seu volume total.
Técnicos e gestores estão reunidos no Palácio da Abolição, na avenida Barão de Studart, para dialogar sobre a situação. O prefeito de Nova Jaguaribara, Francini Guedes, e o coordenador de Pesca e Psicultura do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Pedro Eymar Campos, participam da conversa.
A população está atribuindo a mortandade dos peixes ao quadro de estiagem prolongada e ao bombeamento de água do açude para o Rio Jaguaribe - que teria sido feita de forma brusca, movendo os recursos hídricos e levando a água mais densa para a superfície. O açude Castanhão, um dos principais reservatórios do Ceará, tem 19,61% do seu volume total.
Caminhões
estão retirando os peixes da cidade. Outros três criatorios somaram mais 1,3
mil toneladas perdidas nesta semana. E um outro perdeu 650 t semana passada.
Como o volume de animais é alto, eles se desprendem dos veículos e o mau cheiro
incomoda os moradores. Uma passeata ocorrerá na próxima segunda-feira na cidade
para cobrar solução para a situação. Este mês já foram registradas outras
situações de mortandade em outros pontos do reservatório. Imagens circularam
na internet.
Em nota enviada ao O POVO, a Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh) - que realiza operação do reservatório em parceria
com o Dnocs - informou que "dentro do processo produtivo do peixe ocorre
diariamente morte de peixes numa escala reduzida. Pela experiência da Cogerh,
na grande maioria das vezes a mortandade de peixes está associada com a baixa
concentração de oxigênio dissolvido na coluna de água".
No texto, a companhia ainda pontua que não procede a
alegação de que a operação da válvula poderia ter sido a causadora da
mortandade. Quatro pontos, segundo a Cogerh, levam ao descarte desta hipótese:
Diferentemente da velocidade da água em rios e riachos, que é da ordem de 0,5
cm por segundo, a velocidade da água no interior de reservatórios é infima,
próxima de zero, o que significa que a velocidade da água após a alteração da
vazão liberada ainda continuará sendo insignificante; O evento de mortandade de
peixes aconteceu após ter se passado diversos dias após a operação da válvula;
Em outras ocasiões a Cogerh já operou com esta vazão sem causar mortandade de
peixes; A Cogerh já tinha registrado mortandade no açude Castanhão nesta mesma
época em 2013.
Fonte: O POVO Online